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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2012 Harlequin Books S.A.

© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

Sedução requintada, n.º 32 - Agosto 2014

Título original: Exquisite Acquisitions

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-5351-5

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Volta

Prólogo

 

Rancho Rio Selvagem, Texas

 

Raspou um fósforo contra a sola da sua bota e guiou a chama até ao cigarro que tinha entre os lábios. Carter McCay aspirou fundo e fechou os olhos enquanto as imagens de soldados caídos contra as quais lutava há muito tempo lhe inundavam a mente. Era um ritual que todos os que tinham tido a sorte de voltar para casa muitos anos antes faziam. No primeiro dia de cada mês, vinte e três antigos marines acendiam um cigarro e recordavam o Afeganistão.

O ronronar do rio tirou-o daqueles pensamentos. Apoiou-se num velho carvalho e observou as rítmicas ondas do rio Selvagem, que já não era tão selvagem como outrora. Naquela parte era tranquilo e estava protegido do abrasador sol do Texas.

O cão deitou-se aos seus pés e gemeu ao cheirar o fumo.

Carter levantou o chapéu Stetson e olhou-o nos olhos. Era normal que o animal não gostasse de fumo. Aquele cão tinha visto demasiado, sabia demasiado.

– Foste tu que me seguiste até aqui, amigo.

Tirou o cigarro e espezinhou-o contra o chão com a bota antes de se agachar ao lado do golden retriever e dar-lhe uma palmada na cabeça. O cão enfiou-a entre as patas e suspirou profundamente.

– Sim, bem sei. Passaste um mau bocado – disse-lhe Carter, contente por ter podido tirá-lo da casa do seu pai.

A casa na qual ele tinha crescido não era feita para um cão.

O telemóvel tocou. Carter tirou-o do bolso traseiro e olhou para o ecrã. Era uma mensagem de texto de Roark Waverly. Não tinha notícias do seu colega há meses, mas não estranhou receber uma mensagem sua precisamente nesse dia.

– É provável que acabe de acender também um cigarro – murmurou.

Mas o conteúdo da mensagem de Roark surpreendeu-o e teve de a ler duas vezes:

 

C., meti-me num sarilho. Entra em contacto com a Ann Richardson, da Waverly’s. Diz-lhe que a estátua do Coração Dourado não é roubada. Não me posso fiar dos canais da Waverly’s.

R.B.

 

Carter franziu a testa. O que raio era aquilo?

Depois de cumprir o serviço militar, Roark dedicara-se a percorrer o mundo à procura de objetos de grande valor que depois se vendiam na casa de leilões Waverly’s, com sede em Nova Iorque. Ao longo dos anos, Roark tinha estado em apuros várias vezes e sempre solucionara os seus problemas sozinho. De facto, salvara-lhe a vida no Afeganistão evitando que lhe explodisse um carro bomba.

– Vamos embora, Rocky – disse, dirigindo-se ao jipe sem olhar para trás. Sabia que o cão do pai o seguiria. Não podia ser mais leal, – tenho de fazer umas averiguações.

Duas horas mais tarde, o seu primo Brady bateu à porta e Carter mandou-o entrar para a sala. Era uma das divisões que tinha arranjado quando herdou o rancho Rio Selvagem do seu tio Dale. Com o passar dos anos, com um pouco de sorte e muito trabalho, Carter tinha convertido o pequeno rancho do tio num dos maiores e mais importantes do Texas.

Estendeu um copo de Brandy a Brady.

– Toma, primo.

Este sorriu.

– São por volta das cinco, podes dizer-me porque estamos a beber tão cedo?

– Porque, graças a ti, vou para Nova Iorque amanhã.

– Graças a mim, o que tenho eu a ver com Nova Iorque?

Carter não lhe podia contar o conteúdo da mensagem de Roark por muito que confiasse nele, mas podia partilhar o outro motivo da sua viagem. Ao informar-se a respeito da casa de leilões para a qual Roark trabalhava em Nova Iorque, soubera que nesse fim de semana iam leiloar os anéis de diamantes da lendária estrela de Hollywood Tina Tarlington, recentemente falecida. Carter tinha planeado adquirir um deles e, ao mesmo tempo, transmitir à diretora executiva da Waverly’s a mensagem de Roark.

– Foste tu que me apresentaste a Jocelyn, não foste? – perguntou-lhe Carter.

– Isso não o posso negar. Fui eu.

– Pois neste momento está em Nova Iorque, a visitar uma amiga.

– Não te percebo.

– Pretendo ir ter lá com ela e pedir-lhe que se case comigo.

Brady olhou-o, surpreendido.

– Pretendes casar-te com a Jocelyn Grayson? Não sabia que o vosso caso fosse tão sério.

– Pois é. E ando há várias semanas à procura do anel de noivado adequado. Se tudo correr tal como está planeado, em breve será minha noiva.

– Estás mesmo apaixonado pela Jocelyn? – perguntou Brady com certa incredulidade.

Carter tinha de admitir que estava a ir um pouco rápido, mas apaixonara-se assim que conhecera a neta do vizinho de Brady. Por isso, menos de um ano depois, estava disposto a comprometer-se. E sabia que a impressionaria com um anel de Tina Tarlington, ainda que Jocelyn procedesse de uma boa família do Texas.

– Foi feita para mim, Brady.

– Nesse caso, parabéns – respondeu-lhe o primo.

Carter levantou o copo. Tinha tomado uma decisão e estava desejoso de ver a cara que Jocelyn faria quando lhe pedisse para se casar com ele com o anel de diamantes na mão.

– À Jocelyn.

Brady hesitou um instante e olhou para Carter nos olhos antes de levantar o seu copo também.

– À Jocelyn – repetiu.

Beberam a bebida, mas Carter não viu no rosto do primo o sorriso que tinha esperado.