cover.jpg

portadilla.jpg

 

 

Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2012 Charlene Swink

© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

Um risco justificado, n.º 1213 - Outubro 2014

Título original: Worth the Risk

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-5827-5

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

Capítulo Um

 

Umas botas de mulher estavam no chão, junto à cama. Uma elegante profusão pespontos sobre um suave couro cor de chocolate. Ao vê-las, Jackson Worth sentiu que se desenhava um sorriso nos seus lábios. Levantou os braços lentamente para espreguiçar-se sem acordar a sua acompanhante. O seu pensamento viu-se inundado de imagens de quão sexy ela estava com aquelas botas postas e quanto ele se tinha excitado ao descalçar-lhas. A saia, muito curta, e a camisola de decote não tinham demorado a seguir o mesmo caminho sem que ele tivesse de esforçar-se muito.

Não fazia sentido nenhum, mas não podia negar que, depois de ver como Sammie Gold, a melhor amiga da sua cunhada, se aproximava dele na noite anterior no bar do hotel com aquele doce sorriso, o suave movimento das ancas e aquelas incríveis botas, tinha-se sentido completamente possuído pelo desejo.

No entanto, Jackson Worth não era estúpido nenhum. O que tinha feito teria consequências, que os seus irmãos, Clay e Tagg, se encarregariam de lhe lembrar. O pior viria por parte de Callie, a esposa de Tagg.

Os brilhantes raios de sol penetravam através das cortinas. Jackson fechou os olhos para tentar aliviar a tremenda dor de cabeça com que estava a ficar. A mulher que estava deitada a seu lado remexeu-se e impregnou o ar com um aroma a pêssego. Jackson aspirou-o e amaldiçoou o seu saciado corpo por reagir perante aquele doce perfume.

Nunca antes tinha misturado negócios com prazer, mas naquela ocasião tinha-o feito perfeitamente.

Sammie virou-se e deixou cair um braço sobre o tronco de Jackson suave e possessivamente. Murmurou algo em sonhos. Ele observou o seu cabelo, curto e castanho, com tonalidades cor de caramelo, avelã e rum misturando-se como se fossem uma rara joia. Era bonita, mas não era o tipo de mulher com quem ele costumava sair.

Na verdade, não tinha saído com ela. Tinha ido para a cama com ela. Callie não ia ficar muito contente quando soubesse. Tinha-lhe advertido que se comportasse o melhor que pudesse. A sua cunhada tinha-lhe pedido um favor e tinha depositado nele toda a sua confiança.

«A Sammie tem sofrido muito ultimamente. Perdeu o pai e o negócio quase ao mesmo tempo. Ocupa-te dela, Jackson. Ajuda-a, por favor. Ela significa muito para mim».

E ele tinha feito estalar em mil pedaços aquela confiança.

Lentamente, Sammie levantou a cabeça da almofada. Olhou para ele desorientada com os seus profundos olhos castanhos.

– Jackson?

– Bom dia, querida.

Ela olhou para o elegante quarto. Pestanejou e voltou o olhar. Então, sacudiu a cabeça e empalideceu. Ergueu-se na cama deixando que os lençóis deslizassem pelo seu corpo nu. Uns pequenos peitos, redondos e firmes, ficaram a descoberto. Jackson grunhiu em silêncio. Se fosse qualquer outra mulher, voltaria a tocar às portas do paraíso naquela manhã.

Ela conteve a respiração e voltou a tapar-se rapidamente com o lençol.

– Não! – exclamou interrogando-o com o olhar. – Nós fomos...?

– Aparentemente – respondeu ele. Aquela não era a reação habitual que recebia de uma mulher depois de uma noite de sexo espetacular.

– Onde estou?

– Em Paris.

Ela voltou a conter a respiração e respondeu muito baixinho.

– Em França?

– Não, em Las Vegas.

Sammie deixou-se cair sobre a almofada e olhou para o teto enquanto puxava o lençol até tapar o queixo.

– Como é que isto aconteceu?

Jackson apoiou a cabeça numa mão e olhou para ela nos olhos. Então, deu-lhe a única explicação que conseguiu encontrar.

– Por umas botas...

 

 

A confusão de Sammie começou a desvanecer-se e, pouco a pouco, começou a lembrar-se que tinha ido a Las Vegas a uma feira de calçado. Callie Worth, a sua melhor amiga, tinha insistido para ela se encontrar com Jackson, dado que ele também estava em Las Vegas. Jackson tinha cabeça para os negócios e poderia aconselhá-la e ajudá-la a sair do imbróglio financeiro em que ela se encontrava. O último namorado de Sammie, um contabilista muito hábil, tinha-lhe roubado o coração e tudo o que ela possuía antes de desaparecer. Sammie tinha-se sentido completamente idiota e tremendamente ingénua por ter acreditado nas suas mentiras. Continuava a sentir-se assim, só que naquele momento o responsável era Jackson Worth.

Desde a morte do seu pai uns meses antes, Sammie tinha perdido a capacidade para tomar boas decisões, mas tinha a certeza de que ir para a cama com o cunhado da sua melhor amiga devia ser o mais inconsciente que tinha feito em toda a sua existência.

Viu a sua roupa no chão, que refletia claramente como o desejo os tinha conduzido até à cama. A blusa, a saia, o sutiã e a tanga sucediam-se um atrás do outro. O pânico apoderou-se dela.

– Quanto champanhe bebi ontem à noite?

– Não foi assim tanto... talvez dois copos.

Sammie ficou boquiaberta.

– Eu... não costumo beber. Afeta-me muito. Fico... hum...

– Selvagem e muito sensual?

– Ai, não! Eu é que te seduzi?

Ele sorriu.

– Foi mútuo, Sammie. Não te lembras?

Ele tinha-se mostrado muito solícito. Disso sim, lembrava-se. Tinham estado a falar de negócios durante metade da noite, e depois tinham chegado os risos. A seguir, o champanhe. Tinha-se sentido bem depois do primeiro copo... devia ter imaginado o que aconteceria.

Uns meses antes, Sammie tinha viajado de Boston para assistir ao casamento de Callie e tinha conhecido Jackson lá. Entre eles tinha-se desenvolvido uma cordial amizade. Ele tinha um físico impressionante. Era muito bonito e estava tão fora do alcance de Sammie que jamais tinha pensado que pudesse haver entre eles algo mais do que uma amizade.

– Na verdade, não. Não me lembro de... muito – suspirou ela. – Não deveria ter tomado aquele segundo copo de champanhe.

Jackson acariciou-lhe o braço, traçando círculos com os dedos exatamente por cima do cotovelo. Ao sentir as suas carícias, ela começou a tremer. O calor apoderou-se da sua púbis e a sua memória pareceu desanuviar-se durante um instante. Lembrou-se de algo... como o seu corpo reagia quando ele lhe tocava.

– É um pouco tarde para isso.

Jackson tinha razão. Na noite anterior ela tinha atirado a cautela às urtigas. Cansada de ser sempre boazinha e muito formal, tinha-se enrolado com Jackson na pista de dança e tinha-o beijado.

– Eu sou assim. Sou sempre a última a chegar à festa.

– Sammie – disse ele. A sua voz profunda lembrou-lhe quanto estava ela a perder ao não se lembrar do que tinha acontecido na noite anterior, – para que fique claro. Tu querias estar nesta festa.

– Eu... sim, eu sei. Que mulher no seu perfeito juízo não quereria ter estado?

Sammie fechou os olhos. Deveria ter sido mais cautelosa. No entanto, devia enfrentar a verdade. Na noite anterior tinha necessitado de algo que a animasse, e Jackson Worth, com os seus largos ombros, olhos azuis e cabelo louro, era o homem adequado para fazê-lo. Não era apenas bonito, também era amável, carinhoso e atento. A combinação tinha sido irresistível.

Deitar-se com Jackson tinha sido uma estupidez, mas não se lembrar de nada... isso era horrível! Estava a sentir a culpabilidade sem nenhuma lembrança memorável que a acompanhasse. Já nunca o saberia. A noite anterior não voltaria a repetir-se.

No dia anterior tinha ido à feira de calçado com a esperança de atrair interesse para o seu negócio. A economia estava em crise. Ninguém estava interessado em injetar capital na sua pequena boutique.

Ninguém exceto Jackson Worth.

Então, compreendeu tudo. A cabeça começou a andar às voltas e os seus olhos abriram-se de par em par.

– Meu Deus, Jackson. Somos sócios.

Jackson sorriu e suspirou profundamente.

– Fizemos um acordo antes de chegar o champanhe, Sammie. Tu assinaste-o. Neste momento possuo metade da Boot Barrage.

 

 

Sammie permaneceu deitada na cama, com a cabeça apoiada na almofada e a ouvir como se abria uma torneira na casa de banho. Ouviu o ruído da água a correr e como se abria e fechava a porta do duche. Não tinha de imaginar como era Jackson nu. Não. Cinco minutos antes, ele tinha-se levantado da cama como Deus o tinha trazido ao mundo. Tinha um lindíssimo bronzeado e o melhor traseiro que ela jamais tinha visto num homem.

– Tens a certeza de que não queres ir tu primeiro? – tinha-lhe perguntado ele.

Ela tinha-se tapado ainda mais com o lençol e tinha negado com a cabeça.

– Não. Vai tu primeiro. Prefiro esperar.

Naquele momento, continuava deitada na cama com o pulso a bater com muita força. Para ser uma mulher que tinha querido começar de novo na vida, tinha metido a pata na poça até ao fundo. Um temor profundo apoderou-se do seu corpo. Tentou respirar profundamente para se tranquilizar, mas não lhe serviu de nada. Não conseguia acalmar-se.

Então, lembrou-se dos seus conhecimentos de ioga, que a tinham ajudado a superar os duros momentos pelos quais tivera que passar quando Allen a enganara antes de sair da sua vida. Lentamente, sentou-se na cama e apoiou os pés no chão. Pôs-se de pé, realizou um círculo com os braços à volta da cabeça e esticou-se até as pontas dos dedos tocarem uma na outra. Então, respirou profundamente, deixando que o oxigénio lhe enchesse os pulmões. Depois, com a mesma lentidão, deixou sair o ar e começou a baixar os braços e a dobrar o corpo até tocar nos dedos dos pés. Melhor. Muito melhor. Repetiu os movimentos várias vezes e conseguiu que a tensão a abandonasse. A cabeça começou a ficar mais clara e os batimentos do seu coração tranquilizaram-se.

Tinha a certeza de que teria muitos mais momentos de ansiedade. A sua vida estava a ponto de mudar para sempre. Mudar-se para a outra ponta do país e começar uma nova empresa numa cidade desconhecida era suficiente para deixá-la nervosa. Além disso, passar a noite com Jackson, o seu sócio, e ter de vê-lo regularmente, não era a situação mais adequada para uma mulher que se tinha equivocado na sua última relação sentimental.

O som da água terminou e Sammie ouviu como se abria a porta do duche. Voltou a deitar-se na cama e a tapar-se até ao queixo para se assegurar de que não se lhe via nem um centímetro de pele. Toda a paz que tinha ganhado desapareceu de uma penada quando a porta da casa de banho se abriu e Jackson entrou no quarto.

Tinha vestido um esponjoso roupão preto. A cor ficava-lhe muito bem. A barba incipiente sobre o masculino rosto e o cabelo molhado faziam-no parecer um modelo, embora aquilo fosse algo que Sammie já sabia. Usava roupa de marca, tinha um sorriso que podia derreter os polos e, além disso, possuía uma encantadora personalidade que era capaz de conquistar qualquer mulher. Contra si, era sonhador e perigoso. Infelizmente, na noite anterior os sinais de alarme não tinham funcionado como deviam.

Tinha um roupão branco na mão. Atirou-o para cima da cama.

– Talvez devesses vestir-te – disse-lhe. O seu habitual ar de segurança em si mesmo parecia ter-se estilhaçado um pouco. – Temos que falar.

Sem esperar que ela respondesse, aproximou-se da janela para permitir que entrasse a luz do sol. Dali via-se a réplica da Torre Eiffel.

Sammie decidiu aproveitar aquele momento para vestir o roupão. Então, apanhou a sua roupa do chão e dirigiu-se para a casa de banho.

Tomou um duche rápido e vestiu a roupa que tinha usado na feira no dia anterior. Depois de ter passado a noite no chão, estavam um pouco amarrotadas. A seguir, penteou-se com os dedos sem muita dificuldade graças ao seu cabelo curto.

Saiu descalça da casa de banho. Jackson continuava ainda de pé junto à janela, mas tinha uma chávena de café na mão. Enquanto ela tomava duche, tinha chegado o serviço de quartos. A mesa estava posta para dois, com uma ampla variedade de alimentos. Tinha ficado sem apetite no momento em que tinha acordado junto a Jackson, mas, depois de tratar da sua higiene, via a vida doutro modo e necessitava de comer qualquer coisa. Uns queques de framboesa cobertos de chocolate branco pareciam que a estavam a chamar.

Jackson afastou-se da janela para olhá-la nos olhos. Olhou para ela de cima a baixo e sorriu. Então, deu um rápido sorvo no café.

– O que é que se passa? – perguntou ela.

– Acho que não vais querer saber – disse ele.

– Sim, quero.

Jackson olhou para ela uma vez mais e depois encolheu os ombros como se tivesse pensado que responder não era nada do outro mundo.

– Estás muito gira.

– Gira? – repetiu ela.

Olhou para si mesma. Tinha uma saia plissada em tons de creme e castanho e uma blusa cintada cor de marfim. Aquele conjunto devia usar-se com um casaco creme e as suas bonitas botas castanhas. Tinha-se vestido assim para a feira com a intenção de demonstrar como o aspeto de uma pessoa podia criar-se e mudar-se simplesmente usando as botas adequadas.

Olhou para os seus pés nus. As botas estavam do outro lado da cama, no lugar onde estava Jackson. O casaco estava pendurado nas costas de uma cadeira no lado oposto do quarto. Sem botas, não se sentia poderosa. Sem elas era gira?

– Tens fome? – perguntou-lhe ele enquanto afastava o olhar para observar a mesa.

– Sim.

Jackson indicou-lhe para ela se sentar. Ela sentou-se a um lado da mesa enquanto Jackson, que ainda tinha o roupão, se sentava junto a ela. Serviu-lhe uma chávena de café sem deixar de olhar para ela com grande interesse, o que provocou a Sammie um sentimento de intranquilidade.

– O que é que se passa? – perguntou-lhe.

Jackson voltou a sorrir.

– Asseguro-te que não vais querer saber.

Ela engoliu o café tão rapidamente que queimou a garganta. Os traidores olhos olharam para o baixo-ventre de Jackson, apesar de não poder ver nada por baixo da mesa. Aquilo não passou desapercebido a Jackson.

– Ah!

– Ouve – disse ele enquanto se girava no assento para olhar para ela frente a frente. – Não sou do tipo de homem que anda a contar as suas aventuras por aí, mas em especial agora, pela minha relação com a Callie e também pela que tu tens, acho que é melhor que nos esqueçamos do que aconteceu ontem à noite. Foi um erro da minha inteira responsabilidade.

Sammie ocultou a sua deceção. Sabia que ele tinha razão, mas ouvir como um homem dizia que tinha sido um erro deitar-se com ela era muito dececionante. Se esse homem fosse Jackson Worth, era-o ainda mais.

– Não foi inteiramente culpa tua, Jackson. Eu também tive algo a ver com isso, apesar de não me lembrar...

– Isso provavelmente seja o melhor.

Porquê? Tinha sido assim tão bom? Ou talvez assim tão mau? Sammie não teve a coragem de perguntar.

– Quero voltar a começar no Arizona. A amizade da Callie é muito importante para mim. Nós vamos ver-nos muito a partir de agora e preferiria não ter de mentir. No entanto, não dizer nada não é exatamente o mesmo que mentir, pois não?

– Não, não é. Será o nosso pequeno segredo. Ninguém tem que saber o que aconteceu. A partir daqui, voltaremos a começar, Sammie.

– Muito bem, manteremos isto em segredo. Eu também não sou das que anda por aí a vangloriar-se. Apesar de tudo, foi apenas sexo, não foi?

Jackson começou a assentir, mas depois deteve-se. Franziu os lábios.

– Vou remeter-me à quinta emenda. Nenhum homem no seu perfeito juízo responderia a essa pergunta.

Sammie sorriu pela primeira vez desde que acordara naquela manhã.

– És um homem inteligente.

– Tu achas? – replicou ele. Voltou a olhar para ela da cabeça aos pés. Sammie sentiu que o calor lhe chegava até aos ossos.

– Achas que sou gira.

– Gira pode significar sexy.

– Evidentemente.

Jackson começou a rir.

Sammie agarrou num queque e deu-lhe uma boa dentada. Sentia-se um pouco melhor. Nenhum dos dois tinha expectativa alguma sobre o que tinha acontecido. Aquilo era metade da batalha. A outra metade era lembrar-se que Jackson era o seu sócio e que não devia haver mais nada entre eles. Poderia consegui-lo. Tinha de fazê-lo. Não tinha mais opções.

Depois de tomar o pequeno-almoço, Jackson regressou à casa de banho e saiu vestido com umas calças escuras e uma camisa aos quadrados. Ofereceu-se para levá-la ao seu hotel para que ela pudesse ir buscar as suas coisas e depois acompanhá-la até ao aeroporto. Pôs o seu chapéu de cowboy e permaneceu junto à cama, de braços cruzados, observando-a enquanto ela calçava as botas.

– Já está – disse ela depois de fechar o longo fecho e pôr-se de pé. Então, olhou para ele nos olhos e vestiu o casaco. – Estou pronta.

Jackson olhou para as botas e depois levantou o rosto para fazer o mesmo com o contorno das suas pernas. Tinha uma estranha expressão no rosto, que conseguiu apagar imediatamente.

– Vamos sair daqui.

Tinham feito um pacto. O que tinha acontecido em Las Vegas ficaria em Las Vegas. Partilhar um segredo com Jackson poderia ser muito emocionante.

Oxalá não fosse tão necessário...