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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2003 Leanne Banks

© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Uma promessa nos seus lábios, n.º 557 - abril 2019

Título original: Princess in His Bed

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-1328-018-9

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Créditos

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Capítulo Treze

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Prólogo

 

 

 

 

 

 

A peruca mudar-lhe-ia a vida.

Michelina mal podia esconder a emoção enquanto tirava o diadema e cobria a sua cabeleira preta com aquela peruca castanha tão feia. Já tinha tirado a sua maquilhagem habitual e tinha trocado a sua roupa de design por uma saia e uma blusa, do menos interessante, que tinha obtido da sua nova cunhada, Tara York Dumont.

Todos tinham reparado em como Michelina tinha ajudado Tara a renovar o seu guarda-roupa e a ter mais estilo. Mas não se tinham apercebido de que, por seu lado, Michelina tinha aprendido com Tara e observado as vantagens de ser uma mulher comum e anónima. Toda a gente reparava numa mulher elegante e bonita, mas uma mais na multidão passava despercebida; que era o que Michelina pretendia fazer.

Na realidade, Tara tinha-se vestido com roupa pouco atraente para tentar contrariar as tentativas do seu pai em fazer de casamenteiro. Mas o irmão de Michelina, Nicholas, tinha adivinhado a estratégia de Tara, e pouco depois os dois tinham compreendido que eram almas gémeas.

Que enternecedor, pensava Michelina; mas ela ainda tinha muito que viver antes de que a sua mãe, a rainha da ilha de Marceau, conseguisse casá-la com o Conde Ferrero de Itália.

Michelina viu-se ao espelho da casa de banho em casa da sua prima em Paris. A música da festa fazia vibrar as paredes. Colocou as lentes de contacto de cor que tinha encomendado pela Internet, juntamente com o passaporte falso. Outra ideia de Tara. A original cor cinzenta prateada dos seus olhos desapareceu sob as lentes castanhas, e ao ver-se ao espelho o seu coração acelerou-se. Nem ela própria se reconhecia!

Respirou fundo, guardou o passaporte falso e o resto das suas coisas na mala, saiu da casa de banho e abriu caminho por entre a multidão de convidados. Os seus guarda-costas estavam junto à porta de entrada. Sabia que tinham ordens não só de a proteger, mas também de evitar que fugisse. Michelina tinha mordido a língua pelo menos umas cem vezes no último mês para convencer a sua mãe a deixá-la ir à festa da sua prima.

Ao chegar à porta de entrada, aproximou-se do mordomo.

– Preciso de apanhar um pouco de ar – disse.

O homem abriu a porta.

– Com certeza, mademoiselle.

Merci beaucoup.

Com o coração a bater a mil por hora, Michelina avançou pelo corredor e desceu as escadas. A sorte estava do seu lado, e o porteiro conseguiu-lhe um táxi imediatamente. No aeroporto Charles de Gaulle atravessou com muita cautela todos os controlos de segurança. E se se apercebiam que tinha um passaporte falso? E se lhe tiravam a peruca?

Mas os seus medos eram infundados, porque finalmente entrou no avião e ocupou o seu lugar. Pensou no seu irmão Nicholas e na sua esposa, Tara, no seu irmão mais velho Michael e na sua esposa Maggie. Ficariam preocupados com ela. Então, lembrou-se do segredo que tinham guardado dela e sentiu ressurgir dentro de si toda a raiva e a determinação.

Tinham pensado que não poderia suportar a notícia de que o irmão que acreditavam desde sempre estar morto, estar na realidade vivo, em algum lugar nos Estados Unidos. Ela ia mostrar-lhes que tinham feito mal. Encontrá-lo-ia e levá-lo-ia de volta a Paris. Demonstraria, de uma vez por todas, que não era uma princesa inútil.

O avião começou a tomar velocidade e finalmente descolou, empurrando-a contra o assento. A princesa Michelina Dumont sentiu uma grande euforia. Por fim era livre.

Na sua mente, via-se já na América, onde faria a primeira paragem no Wyoming.

Capítulo Um

 

 

 

 

 

 

A princesa Michelina comprou uma carrinha Ford preta. Apesar da emoção que lhe proporcionava a sua recente liberdade, sentiu também uma certa angústia.

Sabia que estava no Wyoming, mas não sabia exactamente onde. A estrada era estreita e as indicações escassas. Para além disso, a noite estava muito escura.

Ao fazer uma curva, os faróis iluminaram uma vaca no meio da estrada. Michelina assustou-se, virou à direita e foi de encontro a uma cerca. Antes de que pudesse reagir ou recuperar o controlo da carrinha, apareceu um celeiro à sua frente. Michelina pôs o pé ao travão, mas foi demasiado tarde.

A última coisa que viu foi o volante antes de bater com a cabeça.

 

 

– Uma carrinha chocou contra o celeiro! – gritou Gary Ridenour ao entrar apressadamente no calmo vestíbulo da casa de Jared McNeil.

Jared esqueceu-se da paz que planeava ter nessa noite e deixou o jornal sobre a mesa antes de se pôr de pé.

– O que é que queres dizer com isso? – perguntou enquanto era invadido por um mau pressentimento.

Gary, que ainda se estava a recuperar da corrida, encolheu os ombros.

– De repente apareceu uma carrinha vinda não sei de onde e chocou contra o anexo de Romeu.

Jared agarrou nas chaves muito alarmado e dirigiu-se à porta.

– Romeu!

Romeu era o seu touro mais valioso. Como era um reprodutor, Romeu dava-lhe a ganhar muito dinheiro. Jared saiu com grandes passadas seguido por Gary.

– O que é que se passou?

– Não tenho a certeza – respondeu Gary. – Pensei em ir ver como estava Romeu, mas achei que era melhor vir avisá-lo primeiro.

Jared assentiu e entrou na sua carrinha.

– Raios. Se acontecer alguma coisa a esse touro, seja quem for que bateu no celeiro vai ter problemas.

Gary saltou para a carrinha e olhou para o seu patrão com receio.

– Esse touro é muito resistente. Talvez nem se tenha apercebido.

– Romeu é um bebé grande – corrigiu Jared enquanto avançava por um caminho de terra. – Deve estar a berrar como um louco.

Decididamente, não era o melhor momento para um incidente como aquele. Para além de ser o dono do maior rancho do sudeste do Wyoming, nesse momento Jared McNeil tinha vários cargos provisórios. O presidente da câmara tinha fugido para a Florida, de modo que Jared tinha que fazer de presidente da câmara interino, até que conseguissem convencer alguém a aceitar o cargo; e como a sua irmã e o seu cunhado estavam a recuperar de um grave acidente de viação, Jared tinha ainda que tomar conta das suas sobrinhas.

Fez uma curva e deteve bruscamente o veículo. A noite estava escura como breu, e a primeira coisa que Jared ouviu foram os bramidos do touro. Tal como tinha pensado.

– Calculo que isso seja bom sinal. Pelo menos não está morto – murmurou, enquanto Gary se juntava a ele e avançavam em direcção ao celeiro.

Quando entraram na construção, Romeu estava a bramir e a agitar-se, levantando a cabeça em direcção à carrinha preta. Ao ver que se encontrava fisicamente bem, Jared sentiu um certo alívio. Então saiu dali, disposto a ajustar contas com o desgraçado que tinha praticamente destruído o seu celeiro e dirigiu-se à carrinha.

– Hei, amigo! – gritou. – Espero que tenha um bom seguro… – a sua voz foi diminuindo de intensidade ao ver uma mulher tombada sobre o volante. – Mas, que raios…?

Gary correu ao seu lado.

– O que é que se passa McNeil. O quê…? – gritou Gary. – É uma mulher!

Jared aproximou-se timidamente e tocou na mulher que, nesse momento, soltou um gemido. Que alívio.

– Está viva – murmurou. – Senhora? – perguntou enquanto lhe pegava na mão e lhe dava umas palmadas.

– Quer que telefone para as urgências? – perguntou Gary.

– Vamos esperar só mais uns minutos – disse Jared, sem lhe soltar a mão.

Ela levantou ligeiramente a cabeça e voltou a gemer.

Mon Dieu…

Jared estremeceu ligeiramente ao ver que o seu rosto se crispava de dor. A sua cabeleira escura e brilhante caía-lhe sobre a cara, mas não conseguia esconder a face finamente esculpida e uma tez cor de canela de textura aveludada. Entreabriu os olhos, que lentamente fixou nele. O cinzento claro intenso, quase prateado, desses olhos deixou-o sem palavras por uns momentos. Pestanejou e, sem o poder evitar, percorreu o resto do seu corpo com o olhar. Tinha uma blusa justa que realçava os seus seios, pequenos e redondos, e umas calças de ganga de cintura baixa que se ajustavam às suas ancas esbeltas e arredondadas e às suas pernas longas.

Entreabriu novamente os olhos e Jared viu que tinha as pestanas longas e brilhantes.

Cheirava a perfume francês que lhe parecia proibitivamente caro. A primeira impressão que lhe deu aquela mulher foi de que, sem dúvida, lhe causaria problemas.

– Está bem? – perguntou.

Ela assentiu e fez uma careta de dor.

– Penso que sim, mas dói-me muito a cabeça.

Enquanto apontava para a testa, ele tentou localizar o seu sotaque, que tinha traços de francês, de britânico e de americano.

– Vai ficar com um galo.

Ela olhou-se no espelho retrovisor.

– Que estragos causei? – perguntou.

– Acho que o touro está bem, mas destruiu quase todo este lado do celeiro.

– Eu referia-me à minha carrinha – disse, em tom régio.

Jared ergueu as sobrancelhas.

– Não inspeccionei a sua carrinha. Mas, desde que tenha um seguro contra todos os riscos, não terá problemas de nenhum tipo.

Ela olhou-o aturdida, e Jared adivinhou que não tinha seguro. Podia apostar metade de tudo o que possuía em como não tinha qualquer tipo de seguro. Semicerrou os olhos. Isso de ajudar donzelas ricas em apuros tinha que acabar. Se a senhora dos olhos prateados não tinha seguro, que abrisse os cordões à bolsa.

– Sou Jared McNeil, e este é o meu rancho e o meu celeiro. Como é que se chama?

– Mi… – a sua voz foi-se desvanecendo, enquanto uma expressão de pânico assomava ao seu rosto.

– Mi… quê?

– Mimi – disse com convicção.

– Mimi quê?

Gaguejou, enquanto desviava o olhar.

– Deerman. Mimi Deerman. Por favor, desculpe-me por ter chocado contra o seu celeiro.

Isto foi dito com tanta suavidade, que Jared esteve quase prestes a assentir. Mas controlou-se.

– A companhia de seguros tratará das desculpas oficiais. A senhora é daqui? Quer que chamemos alguém? – perguntou, embora já soubesse a resposta.

Ela sacudiu a cabeça e fez uma careta de dor.

Jared teve pena dela. Estava muito escuro, com certeza estava perdida… e ainda por cima, sem seguro.

– Quer ir ao hospital?

Ela abriu muito os olhos.

– Oh, não. Estou bem – disse lentamente enquanto saía da carrinha. – Só preciso… – de repente ficou pálida.

Jared agarrou-a, receando que fosse cair.

– Tem a certeza de que não quer ir ao hospital?

– Absoluta – insistiu. – Talvez possa dormir na carrinha.

Gary gemeu com desaprovação.

– Não posso deixar que durma na carrinha. Sobretudo depois de bater com a cabeça.

Jared engoliu em seco, cheio de frustração.

– Tenho um quarto livre. Pode ficar no rancho. Mas só por esta noite – disse em benefício de todos, incluindo o seu.

– Estou em dívida para consigo.

Ela olhou-o nos olhos e Jared apercebeu-se de uma estranha sensação no seu interior. Como um fogo. Não seria um homem se não a imaginasse a agradecer-lhe de um modo proibido e misterioso.

Pigarreou.

– Não é preciso tanto. Amanhã de manhã falamos sobre o seguro.

Ela empalideceu novamente e Jared levantou-a nos seus braços.

– Gary, leva Romeu para outro celeiro. Amanhã tratamos desta confusão.

Enquanto transportava o seu corpo suave e cheio de curvas para a sua carrinha, tentou não se deixar levar pelo aroma provocante do seu perfume e controlar-se para não voltar a olhar de alto abaixo aquele corpo pecaminoso e incitante. Certa vez, a sua irmã tinha diagnosticado o seu problema com as mulheres; a chegada de Mimi à sua vida não fazia mais do que confirmar essa ideia. Segundo a sua irmã, Gina, Jared tinha um especial talento para atrair os problemas. Atraía mulheres problemáticas, que transformavam o seu mundo num caos. No entanto, bastou-lhe apenas olhar para Mimi Deerman para saber que ela daria um significado novo ao conceito de caos.

 

 

Michelina sentiu o travesseiro sob a sua face. A sua textura era diferente. Levantou ligeiramente a cabeça e viu que não estava no palácio. Para além disso, doía-lhe a cabeça como se nela tocassem mil tambores. Estava no Wyoming.

Sentiu uma mistura de apreensão e emoção ao pensar nos acontecimentos da noite anterior. Franziu o sobrolho enquanto pensava que precisava de arranjar a carrinha e continuar a procurar Jacques. Enquanto se levantava da cama, lentamente, pensou no homem que a tinha levado para sua casa. Sem dúvida muito amável, atraente para mulheres que gostassem do tipo autoritário e viril. Mas não para ela. A sua família estava cheia de homens dominantes.

A porta do seu quarto abriu-se de par em par e imediatamente entraram duas meninas com Jared McNeil e um cão a ladrar a plenos pulmões.

– Não! Katie! Lindsey! – deteve-se finalmente, quando as agarrou pelas camisas de noite. – Já vos disse que… – calou-se ao ver Michelina que se levantava da cama.

– Quem é? – perguntou a menina mais velha.

– Está aqui – hesitou por um instante – porque ontem à noite ficou com o carro avariado e não podia ir a lado nenhum. Vai-se embora hoje.

Michelina arqueou as sobrancelhas ao ouvir a sua explicação um tanto confusa.

– O meu carro avariou-se – repetiu. – A minha carrinha…

– Mimi Deerman – interrompeu ele em voz alta, – apresento-lhe Lindsey e Katie, as minhas sobrinhas. Estão comigo enquanto a minha irmã e o meu cunhado recuperam das lesões sofridas…

– Num acidente de viação muito grave – terminou Katie de dizer, com uma expressão preocupada.

– Oh – exclamou Michelina, compadecida. Em seguida apercebeu-se de que Jared tinha alterado os factos da noite passada por atenção às suas sobrinhas. – Muito prazer em conhecê-las. Lamento muito o acidente sofrido pelos vossos pais.

Katie levantou a vista e olhou para McNeil.

– É bonita, mas tem uma maneira estranha de falar.

Ele assentiu com a cabeça, ao mesmo tempo que conduzia as crianças à porta.

– Helen já vos preparou um prato de cereais. Vamos, Leo – disse ao cão, e voltou a cabeça antes de sair. – Dentro de uns minutos já poderemos conversar calmamente sobre o assunto do seguro.

Michelina ficou gelada. Seguro? Olhou o senhor McNeil nos olhos e sorriu para dissimular o seu pânico.

– Não há problema. Afinal de contas, quanto é que pode custar um celeiro?

Trinta minutos depois, Michelina esteve prestes a cair da cadeira de couro em que se tinha sentado, no escritório que o senhor McNeil tinha em sua casa. Sacudiu a cabeça com desespero.

– A parede de um celeiro não pode custar tanto.

– Isto não inclui o arranjo da sua carrinha.

– Não pode ser muito caro. É só a parte da frente do veículo.

Ele dirigiu-lhe um olhar coberto de piedade.

– Ficará surpreendida ao saber quanto custa a mão de obra.

Ela abriu a boca para protestar, mas as sobrinhas de Jared irromperam nesse momento no escritório.

– Helen caiu e diz que não consegue andar, que lhe dói o tornozelo! – gritou Katie.

– Helen? – repetiu Michelina.

– Helen é a minha governanta – disse Jared enquanto se punha de pé. – Onde é que ela está? – perguntou a Katie.

– Ao pé das escadas que dão para a cave.

– Terminaremos isto dentro de uns minutos – disse a Michelina. – Quem quer que tenha dito que não há duas sem três, enganou-se – murmurou enquanto saía da divisão. – A mim os problemas chegam de dez em dez.

Michelina sentiu uma certa simpatia por aquele homem. Entre a responsabilidade pelas suas sobrinhas, a sua colisão contra o celeiro e a queda de Helen, compreendeu que as coisas não lhe corriam lá muito bem. Ela, por seu lado, tinha as suas próprias preocupações. Tinha trazido consigo dinheiro suficiente para viver com comodidade durante um mês; depois a carrinha tinha custado um pouco mais do que ela tinha previsto. Mas não poderia levantar mais dinheiro da sua conta corrente porque, então, saberiam onde estava; e a sua única tentativa para ter alguma independência terminaria ainda antes de ter começado. Sentia que a confiança que tinha tido em si mesma se começava a desvanecer. E se fosse verdade o que diziam? E se era demasiado inconstante para se conseguir desenvencilhar sozinha ou assumir responsabilidade pelas coisas importantes? E se ela era verdadeiramente uma princesa inútil?