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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2008 Anna DePalo

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

A herdeira, n.º 844 - Setembro 2016

Título original: Ceo’s Marriage Seduction

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2008

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-8591-2

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Epílogo

Se gostou deste livro…

Capítulo Um

 

– Vou casar com ele.

«Com o homem errado».

«Não. Com o homem certo», corrigiu-se Eva, irritada por ter adoptado a atitude negativa do seu pai por um segundo que fosse.

Era verdade que não tinha uma sensação instintiva de «perfeição» ou de «destino», mas disse para si que devia parar de ser tão ilógica.

Ao longo da sua carreira como organizadora de festas, muitas vezes intuíra que as coisas estavam mal e depois tinha corrido tudo às mil maravilhas. Também tinha visto como eventos que deviam ter corrido na perfeição transformarem-se em terríveis desastres.

Decidiu para si que não podia predizer o futuro, mesmo a ver o olhar incrédulo e desgostoso que o seu pai lhe dirigia.

Marcus Tremont levantou-se e deu uma palmada na enorme secretária de carvalho que tinha à sua frente.

– Raios, Eva! Estás doida? O Cárter Newell é uma serpente caça-herdeiras. Não hás-de receber nem um cêntimo meu!

Ela apertou os lábios, mas recusou-se a mostrar quanto lhe doíam as palavras do seu pai. Tinha voltado cedo do trabalho, as segundas-feiras eram dias calmos, para se reunir com o seu pai na biblioteca forrada em madeira na mansão familiar da exclusiva zona de Mill Valley. Tinha-se preparado para a batalha.

– Por sorte – respondeu, – não precisamos nem um cêntimo seu. A Eventos de Design está a ir muito bem.

A sua reputação como organizadora de festas na Bay Área tinha aumentado muito nos últimos anos. Recebia pedidos constantes de muitas das anfitriãs da alta sociedade de São Francisco, assim como de reconhecidas instituições filantrópicas.

– Nunca vou perceber o que vês no Cárter Newell – o pai passou a mão pelo cabelo grisalho.

Tinham falado sobre aquele assunto várias vezes, sempre com o mesmo resultado. No entanto, como o compromisso já era uma realidade, ela tinha esperança de que nesse dia fosse diferente.

Ao contrário do seu pai e das pessoas como ele, Cárter não considerava o trabalho como a sua «amante». Pelo contrário, tornava-a a ela a sua prioridade.

– O Cárter ama-me – disse de rompante.

– Ou ama a tua conta à ordem – o pai franziu o sobrolho.

Ela cerrou os dentes. O seu pai sempre mostrara inquietude, perspicácia até, quando lhe apresentava os seus namorados. Imaginava que porque era filha única e a sua herdeira. Com Cárter essa inquietação inicial nunca tinha desaparecido. Mas era preciso ter em conta que nunca tinha estado tão perto do altar com nenhum dos namorados anteriores…

– O Cárter tem trabalho? – continuou o pai. – Refresca-me a memória, Evangeline. O que é que ele faz?

O pai dela sabia muito bem como Cárter ganhava a vida, mas Eva dedidiu seguir-lhe o jogo.

– O Cárter é assessor financeiro freelancer.

Da primeira vez que mencionara a profissão de Cárter, meses antes, pensou que contaria com a aprovação do seu pai. Marcus Tremont respeitava a ideia de tirar partido de um dólar.

No entanto, a reacção do seu pai fora morna. E quando ela começou a insinuar que estava a planear casar com Carter, o pouco calor que havia começara a descer em picado.

– Tolices – afirmou o seu pai, fazendo eco do cepticismo que manifestara em ocasiões anteriores. – Isso é um título decorativo que oculta a sua verdadeira profissão de sedutor de herdeiras.

– O Carter vem de uma família endinheirada! – apesar de não ser essa a sua intenção, estava a repetir argumentos que nunca tinham levado a nada.

Sentiu que se avizinhava uma dor de cabeça.

– Procedia de uma família endinheirada – contra-atacou o seu pai. – Ele gaba-se de lidar com o dinheiro dos outros porque não tem nenhum dele próprio.

– O pai é impossível! – aquele comentário irritou-a de vez. – Só porque os Newell já não são tão ricos como eram, acha que o Carter é um caça-fortunas!

Enquanto dizia aquilo, lamentou a sua tendência a parecer uma adolescente rebelde sempre que discutia com o seu pai.

– Acredita, Eva. Não há ninguém mais tenaz do que uma pessoa que tenta manter a sua situação económica na vida para evitar cair no abismo.

Ambos tinham levantado a voz e Eva decidiu parar de tentar que o anúncio do seu casamento se transformasse num momento feliz.

– Onde está o anel? – perguntou o seu pai bruscamente.. olhando para a sua mão. – Não estou a ver nenhum.

– Ainda não o tenho,

A expressão do pai deixou muito clara a sua opinião: «Estás a ver? Precisas de mais provas?»

– Ah, não, nada disso! – interveio ela, antes que pudesse dizer o que pensava. – Vamos escolhê-lo juntos.

– Com o quê? – inquiriu o pai, – com um empréstimo bancário?

Ela imaginava que o compromisso não seria oficial até não ter o anel, mas recusava-se a que a discussão com o seu pai fosse por uma coisa meramente simbólica.

Bateram à porta e ambos viraram-se.

– Entre – ladrou o seu pai.

A porta abriu-se e entrou Griffin Slater. Eva revirou os olhos.

Griffin Slater, o braço direito do pai.

Aos olhos do seu pai, se alguém tinha as credenciais perfeitas para marido, esse era Griffin.

Griffin Slater não lhe agradava nada. Era assim desde que o conhecia, há uma década, quando começara a trabalhar para a Tremont Holding Imobiliária.

No início quase nem era consciente da sua existência, era mais um recém-licenciado da universidade de Standford que estava a aprender as bases do negócio imobiliário com pretensões de ascender.

No entanto, com trinta e cinco anos, era mais chefe do que empregado, especialmente porque a avançada idade do seu pai o obrigava a ir soltando as rédeas do império familiar.

Mas Griffin era um recordatório permanente das suas carências como única herdeira do seu pai. Não demonstrara qualquer interesse pela empresa familiar e iniciara os seus próprios negócios assim que acabara os estudos na universidade de Berkley.

Eva era bem consciente de que muita gente considerava o seu campo de trabalho uma frivolidade, um mero entretenimento de debutante. E não tinha dúvidas de que Griffin Slater partilhava dessa opinião.

Mas ao menos ela tivera a coragem de criar a sua própria empresa, em vez de usurpar a dos outros.

Nesse momento, ao olhar para o rosto de Griffin Slater notou que a sua expressão não revelava nada. Era mestre na arte de fazer caras indecifráveis, pelo menos quando não estava a meter-se com ela.

Media mais de um metro e oitenta e tinha traços duros e marcados, mais de boxeur do que de um modelo masculino. No entanto exercia um potente efeito nas mulheres. Ela confirmara-o em inúmeros acontecimentos sociais ao longo dos anos.

Imaginava que tinha qualquer coisa a ver com os seus penetrantes olhos escuros. Ou talvez com o cabelo negro brilhante que insistia em encaracolar apesar de o levar muito curtinho. E também devia colaborar um corpo que era pura virilidade. Até ela o tinha admirado involuntariamente mais do que uma vez, antes de controlar o desvario da sua mente.

– Chegas mesmo a tempo para o espectáculo, Griffin – disse-lhe.

Ele levantou as sobrancelhas com ligeiro interesse e fechou a porta atrás de si.

Eva odiou que o seu pai parecesse aliviado ao ver Griffin, senhor Resolvetudo, como ela o chamava. Griffin ia ser testemunha de mais uma épica batalha familiar dos Tremont. Parecia ter um instinto especial para aparecer sempre nos momento críticos.

– Qual espectáculo? Admito que estou curioso – disse Griffin com aquele tom sereno e divertido que nunca deixava de irritá-la.

– A minha filha decidiu casar com o homem mais desprezível que conheço – o pai deu uma palmada na mesa.

– Pai! – exclamou ela, irada.

Griffin olhou para ela e notou que a tensão aumentava.

– Quem é o felizardo?

«Como se não imaginasse», pensou Eva. Griffin tinha visto Carter já algumas vezes. Uma na reunião social informal em casa dos seus pais, e outra num encontro fortuito na inauguração de uma galeria de arte.

Em ambas ocasiões, Griffin estava sozinho, mas isso não enganara Eva. Vira várias mulheres entrar na sua vida. E especialmente sair dela. Porque Griffin não parecia muito inclinado a dar os seus favores a uma mulher concreta durante demasiado tempo.

Levantou o queixo e os seus olhos encontraram-se com os de Griffin. Apesar do que o pai tinha dito, não tinha qualquer razão para ficar à defesa. Estava perfeitamente confortável com a sua decisão.

– Carter Newell – respondeu com ênfase.

– Então, estamos de parabéns – disse Griffin, entrando na sala.

Ela percebeu que não estava a dar-lhe os parabéns, apenas a dizer que isso seria o que a cortesia ditava, se ele fosse cortês.

Griffin olhou para ela de cima a baixo e, apesar de estar correctamente vestida com um clássico de Diane von Furstenberg, sentiu-se exposta.

A tensão subiu. Isso era normal em todos os seus intercâmbios com Griffin. As suas conversas incluíam sempre uma corrente eléctrica escondida que o seu pai não era capaz de notar.

– Dá-lhe os parabéns a ela, mas a mim dá-me os pêsames – grunhiu o seu pai.

– Onde está o anel? – perguntou Griffin olhando para a sua mão.

– És igual ao meu pai – Eva cerrou os dentes.

– E isso não tem mal nenhum! – exclamou o pai.

Ela não afastou o olhar de Griffin, desafiando-o a fazer mais algum comentário.

Os lábios de Griffin curvaram-se, quase como se quisesse acabar com o desafio que pairava no ar.

– Tens ar de querer atirar-me com uns canapés, ou talvez picar-me com um garfo de sobremesa.

Estava a fazê-lo de novo: mais uma referência cortante e condescendente ao seu negócio que o seu pai não captou. Devia saber que Griffin nunca recusava um desafio.

– Não me provoques – disse ela com um sorriso mordaz. Virou-se para o pai e decidiu mudar de técnica. – Devias ficar contente – disse-lhe. – No fim de contas, quanto antes casar, antes vais poder ter esse neto de que tanto falas. Admitiu para si que o seu compromisso com Carter podia ter certa relação, não demasiada, com o facto de ela ter muita vontade de ter um bebé.

Embora tivesse namorado com muitos homens, o adequado não tinha aparecido. A sua mãe tivera uma menopausa prematura e Eva não sabia quanto tempo lhe restava a ela. Fizera provas, obviamente, e embora indicassem que, de momento, não tinha carência de óvulos, também sabia que esperar era uma aposta que, dia após dia, tinha menos opções de vencer.

Comentara a Carter o seu receio de uma menopausa prematura e ele ficara entusiasmado com a ideia de tentarem formar uma família logo a seguir ao casamento.

– Qualquer um menos o Carter Newell – disse o seu pai naquele momento.

Ela interpretou o silêncio de Griffin como um acordo tácito com essa frase. Maldisse-o para si.

– Se ao menos vocês se dessem bem – disse o pai com expressão desolada olhando para Griffin e depois para ela, – poderia acalentar a esperança de casarem.

Eva engoliu em seco.

Estava dito. O seu pai finalmente declarara o que ela sempre suspeitara que pensava.

Olhou para Grifin de soslaio e viu que continuava impassível. Era uma reacção tão típica dele que poderia dar com qualquer pessoa em doida.

A ela, porém, continuava à espera que o rubor provocado pela vergonha abandonara as suas bochechas. Abriu a boca.

– Marcus – disse Griffin, antes de ela poder falar, – sabes que a Eva é demasiado…

Ela jurou a si mesma que, se dissesse «frívola», dava-lhe um pontapé na espinha.

– … temperamental para mim.

Ela fechou a boca. Não podia discutir isso, quando acabava de pensar em bater-lhe.

Os olhos de Griffin olharam para ela com ar de gozo, como se adivinhasse o que tinha estado a pensar.

Ela voltou a concentrar a atenção no seu pai.

Às vezes sentia-se como mais uma prezada posse na carteira de valores de Marcus Tremont; o seu pai devia pensar que, se cassasse com Carter Newell, ele não ia obter qualquer benefício que esperara do seu investimento. Ainda assim, recusava-se a deixar-se vencer.

– A mãe e eu vamos começar a visitar salas de festas e a procurar um vestido.

– A tua mãe já está a par disto? – o seu pai levantou as sobrancelhas.

– Comentei-lhe os meus planos antes de entrar aqui, sim – esboçou um sorriso luminoso. – Mas decidi vir enfrentar sozinha o leão na sua guarida.

O pai dirigiu-lhe um olhar fulminante.

– Espero ver-te no casamento, tanto se quiser ser o pai a entregar-me ao noivo como se não – disse aquilo com decisão, mas por dentro sentiu uma emoção que se recusava a analisar.

Virou sobre os seus calcanhares e, sem dedicar mais nenhum olhar a Griffin, saiu da biblioteca.

 

 

Ela era tudo o que ele desejava, mas vinha na embalagem errada. Griffin observou Eva Tremont a sair da biblioteca a bambolear, enquanto o vestido de croché se colava a cada uma das suas curvas.

Os seus lábios curvaram-se.

Era uma embalagem tremenda, achava isso desde que a vira pela primeira vez. Era uma mistura a partes iguais de herdeira casmurra, mulher de negócios inteligente e solteira muito sexy.

Também era óbvio que o desprezava. Se tivesse de adivinhar porquê, diria que porque lhe lembrava que não estava à altura como a herdeira de Marcus Tremont.

Certamente, o facto de ele ter acabado de se transformar em director executivo da Tremont Holding Imobiliária tinha sido como esfregar sal nas suas feridas.

Lembrou-se que, além do mais, o seu vínculo com Marcus Tremont e com a Tremont HI, eram a razão de Eva ser fruto proibido para ele. Não era dos que se comprometiam e a única relação aceitável com a filha do chefe seria com compromisso.

Também era certo que desde que era director executivo, mais que nada por fazer um favor a Marcus, Eva na verdade já não era filha do chefe mas continuava a ser parente de um homem a quem considerava amigo, colega e mentor.

– Aquele bastardo do Newel! – exclamou Marcus Tremont, interrompendo os seus pensamentos.

Griffin só tinha visto Carter Newell uma ou duas vezes. Mas percebera perfeitamente que o tipo era um espertalhão.

Quando Carter se gabara da sua destreza como assessor financeiro, Griffin ouvira com neutralidade, sem se impressionar minimamente com a sua facilidade de palavra. Além do mais, estava satisfeito com o seu corrector de bolsa e gostava de seguir ele próprio o mercado.

Apesar do discursozinho que lhe tinha dedicado, a julgar pela expressão ácida que aparecia no seu rosto de vez em quando, teve impressão de que Carter não gostou dele.

Pareceu-lhe óbvio que Carter tinha feito os seus cálculos e chegou a uma conclusão que lhe desagradava: Griffin era o sucessor escolhido por Marcus Tremont. O sucessor solteiro e sem compromisso, do seu possível futuro sogro.

Sem dúvida, Newell considerara-o um rival quanto ao controlo da fonte de dinheiro, possivelmente em relação a Eva também.

Ainda assim, Carter estivera disposto a pôr os seus sentimentos pessoais de lado ao perceber a possibilidade de obter um lucro financeiro a captar um novo cliente.

Griffin pensou que era isso que o preocupava. Não só por si próprio, como também por Eva. Se Carter fosse capaz de ultrapassar o seu desagrado para angariar um cliente, quanto mais estaria disposto a fazer para conquistar uma esposa rica?

– Investiga por mim – disse-lhe Marcus Tremont, olhando-o nos olhos.

– O que é que me está a pedir? – Griffin ficou tenso. Sabia muito bem, mas não queria malentendidos.

– Quero dizer que descubras o que puderes sobre o Carter Newell. Contrata o detective que usamos para a Temont HI – o homem fez uma expressão amarga. – Quero saber o que é que o Carter Newell está a aprontar antes que se transforme no meu genro.

– Tem razões para pensar que está a aprontar alguma coisa? – Griffin levantou uma sobrancelha, mas cuidou de manter uma expressão neutra.

– Não gosto do que sei sobre os Newell – Marcus olhou-o fixamente. – Foram capazes de ocultar o seu declive económico durante muito tempo. O subterfúgio parece ser a moeda de troca da família.

– Compreendo. Mas se a Eva descobrir…

Deixou a frase no ar. Só pretendia assegurar-se de que ele era consciente das possíveis consequências daquela decisão. Marcus poderia acabar irremediavelmente a relação com a sua filha se ela descobrisse que estavam a investigar Carter.

E quando à sua própria relação com Eva, certamente ficaria ainda mais próxima do abismo.

– A Eva não tem por que saber – disse Marcus bruscamente. – A não ser, claro, se encontrarmos alguma coisa acerca do Newell; nesse caso, valerá a pena pagar o preço que for necessário para a salvar daquele vendedor ressabiado.

Griffin assentiu.

Na verdade, até sentia certo prazer com a ideia de afundar Carter Newell se ele realmente não fosse um tipo legal. Pôs de lado o pensamento de que investigar Carter podia ter um custo demasiado elevado para si próprio…